sábado, 10 de dezembro de 2011

Me apaixonei por uma escritora chamada Monica Montone



A GAROTA CERTA


Você achou que eu era a garota certa. A garota que depois de uma ressaca chegaria calada com aspirinas e coca-cola, pronta para te chupar.

Você achou que eu fosse a garota certa para assoprar suas feridas sem pedir nada em troca.

Você achou que eu fosse a garota certa para subjugar em seu jogo imaginário e junto a ti enlouquecer.

Não, honey, você estava enganado. Eu não estou – nem nunca estive – disposta a curar suas chagas. Nunca fiquei em beira de estrada esperando um estuprador de almas me assaltar e não seria agora que me colocaria nessa encruzilhada.

Não, baby! Eu não sou esse tipo de garota.

Sou do tipo que amarra o cabelo no alto da cabeça e ajeita alguns fios displicentemente para fingir naturalidade.
Que usa óculos gigantes na face para esconder o brilho dos olhos com medo que eles sejam roubados e bolsas enormes para guardar todos os poemas que ainda não escrevi.

Sou o tipo que gosta de tomar sorvete de flocos depois do sexo. Sou o tipo que diz “eu te amo” quando tem vontade. Sou o tipo que usa sapato de salto mesmo com os pés machucados, que usa calcinha de algodão de meninininha e sutiã de oncinha. Sou o tipo que se vira ao avesso com mais freqüência do que gostaria.

Eu não sou quem você imagina, honey. Não sou a lótus que nasceu da lama do teu umbigo, não sou tua sombra, nem teu caminho. Não sou o que te falta.

Minhas insônias não são culpa tua, lamento em informar! Elas são minhas escolhas e, antes de qualquer coisa, parte do meu plano original: estar em estado de alerta para me defender de gente estranha como você; estar em estado de alerta para ouvir o barulho de uma estrela se abrindo no mar ou um poema batendo as asas e levantando a poeira da minha escuridão.

Eu não sou, darling, definitivamente, a rosa que você teve medo de matar em sua infância quando espetou o dedo na roseira. Não sou a garota certa para você porque jamais descerei do meu salto para fazer você gozar - embora eu saiba que só fato de você saber disso já te faça gozar.

Você não passa de uma criança mimada. Uma criança chata que acha que sabe de tudo, mas que no fundo morre de medo que descubram que ela nunca se sentiu amada.

Eu não tenho culpa, baby, se você foi o típico nerd que levou porrada, água na cara e bolinhas de papel na escada do colégio. Não tenho culpa se carregou nas costas a vida inteira o slogan “você é um bosta”. Não sou eu, não, mesmo, quem vai arrancar esse post it de suas lembranças.

Espero que no próximo ano você viva uma vida real, tenha menos crises de depressão.

Eu me dei alta de você. Faça o mesmo! Se dê alta de você e procure alguém real para amar porque só o amor que sentimos por alguém dá sentido e organiza a nossa existência. Apenas não se esqueça que “o amor, para ser amor, precisa se consumar”, como bem disse certa vez um homem lindo que carrega o amor até no nome, Jorge Amado.

Tim tim.


Joanna foi embora sem escutar o que o Artur tinha a dizer. Não importava mais o que ele dissesse. Ela só queria paz e isso ele jamais poderia lhe dar.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Quase no altar.

Vocês nos verão: solteiros pela última vez, casados pela primeira vez e felizes para sempre!!



Sem muito tempo e inspiração pra escrever ultimamente. Muitas coisas pra resolver com o casamento chegando. Então vou só colar umas frases que li e me tocaram. E a foto é de uma transformação de noiva que fiz no salão do Belmar Vargas. =D

"Se uma pessoa diz a outra que a ama, a própria linguagem supõe a expressão "para sempre". Não tem sentido dizer: - Amo-te, mas provavelmente só durará uns meses, ou uns anos, desde que continues a ser simpática e agradável, ou eu não encontre outra melhor, ou não fiques feia com a idade. Um "amo-te" que implica "só por algum tempo" não é um amor verdadeiro. É antes um "gosto de ti, agradas-me , sinto-me bem contigo, mas de modo algum estou disposto a entregar-me inteiramente, nem a entregar-te a minha vida".


quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Uma pitada de Caio Fernando Abreu



“Poderíamos casar, teríamos um apartamento, tomaríamos café as cinco da tarde, discordaríamos quanto a cor das cortinas, não arrumaríamos a cama diariamente, a geladeira seria repleta de congelados e coca-cola, o armário de porcarias, adiaríamos o despertador umas trinta vezes, sentaríamos na sala de pijama e pantufas, sairíamos pra jantar em dia de chuva e chegaríamos encharcados, nos beijaríamos no meio de alguma frase, você pegaria no sono com a mão no meu cabelo e eu, escutando sua respiração. Eu riria sem motivo e você perguntaria porque, eu não responderia, saberíamos.”

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Separação. Um suspiro e um desabafo.


Eu juro que queria saber porque preciso escrever quando to triste. Sei que não é uma coisa só minha, mas me pego pensando muitas vezes em quem vai ler. Geralmente quem lê não é quem deveria ler..
Tenho chorado tanto ultimamente, filmes, livros, musicas. Tudo me faz chorar. E nem é mais TPM. O que é então? Casais felizes, casais perdidos, tudo me faz chorar. Comecei a rever a minha vida e tal foi a minha surpresa quando consegui descobrir o que é que ta pegando.

To casando, e tudo que consigo pensar é em divórcio. Em como seria, se casamos com comunhao ou separação de bens, que bens? Será que vale a pena casar? Uma noite pra casar, dois anos pra divorciar.. É tão burocrático. Filhos então nem pensar, quem ficaria com eles? Melhor não tê-los, pra não ter que dividi-los.

Mas o meu noivado, a minha vida, minha rotina, tudo anda tão bem, tão sossegadamente feliz. Tudo em seu devido lugar. Por que então me pego pensando no fim? Eis que entendi.

Quando a gente casa, a gente ta se divorciando dos pais, uma separação amigável, regime de comunhão parcial, direito de visitas, mas a guarda da criança fica com o marido. E de repente tenho me sentido aliviada, e o alivio de tirar um peso das minhas costas me faz pensar no que antes era um fardo e agora é passado.

Quando eu tinha 8 anos de idade, meus irmãos tinham 3 e 5 anos, meus pais se separaram. Foi tudo conturbado e amigavel ao mesmo tempo. O amor ainda tava ali, escorria pelos olhos deles, toda noite, todo fim de expediente, a saudade insistia em se manifestar, como disse Martha Medeiros eles se amavam ainda, só não se queriam mais, ou queriam... mas não conseguiam mais. Foi quando tudo começou, quando uma criança de oito anos serviu de ombro amigo, de conselheira, e de mediadora. Quando a mais velha incentivava os irmãos a não escolherem um lado. Quando a filha escolheu o pai ao invés da mãe. E por muito tempo me perguntaram porque o pai??? A escolha mais difícil de se fazer, é quando temos que tomar uma decisão de adulto quando temos 8 anos de idade.

Sempre disse, e continuo, que a separação dos meus pais não foi um trauma. Hoje, melhores amigos, podemos nos encontrar todos e jantarmos juntos, com madrastas e padrastos, e tudo que temos direito. Uma grande família feliz. Erros perdoados, vidas retomadas. Então por que to escrevendo esse texto? Por que esse coração pequeno no meu peito?

Tenho lembrado dos meus 8 anos, tenho me lembrado da escolha que fiz, e de quem eu magoei, e e como esse peso me fez companhia por toda a minha vida. Como eu nunca levei fé nos relacionamentos, por ter aprendido o quanto era comum e tranquilo o fim, e como a gente sempre supera as crises. Hoje, com 24 anos, me despeço dessa dor. Me despeço da frase "eu moro com o meu pai" ou "vou visitar minha mãe". Eu finalmente moro na minha casa, e quando eu vou visitar, eu vou visitar os MEUS PAIS. No plural. Como há muito tempo não tem sido.

É transbordando que eu digo que hoje, separação é uma palavra nova pra mim. Não tem mais sentido nenhum. Nem quero mais ouvi-la. O que sei, é que não preciso mais segurar as pontas, me dividir em duas nos natais e ano novo, me preocupar em manter meus irmãos neutros. Uma família nuclear, é isso que eu tô construindo. Da mais tradicional e careta. Marido, mulher, e cachorrinhos. É. Por que filhos, esse é um insight que eu ainda não tive. Recém tô acreditando no casamento, quem sabe um dia eu consiga acreditar que é possível ter filhos sem roubar-lhes alguma fase da vida, sem causar dor, sem dividi-los. Não quero por no mundo mais paciente pros colegas. Então ficamos assim, no casamento feliz. E adeus pra vida de mediadora, pras culpas, pras escolhas, e pro amor igualmente dividido em intensidade e horários.

Vestido de noiva e champagne, é assim que as coisas devem começar, e não devem terminar!

domingo, 17 de julho de 2011

Um pouco de TPM


Ele não entendia o porquê de todo aquele silêncio. Não podia ouvir os gritos agudos que rasgavam o peito dela mas não saíam pela boca. Ela já berrava demais por dentro e por isso não dizia um piu. E assim passou o dia, um silêncio cheio de ruídos e duas pessoas deitadas na mesma cama sem conseguir se alcançar.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Felizes para sempre.


Assistindo pela milésima vez um filme que acho cute, chamado The Holiday, mas traduzido para "O amor não tira férias", refleti sobre uma pergunta que muitas vezes já me fizeram.


"Como tu tens tanta certeza de que encontraste o homem certo?"


Por que pensei nisso durante o filme? O filme trata de duas mulheres frustradas em suas relações, que trocam de casa, em países diferentes, e encontram suas paixões uma no país da outra. OK, por que será que elas tiveram que ir tão longe pra encontrar alguém?




Eu particularmente não acredito na PESSOA certa, acredito na RELAÇÃO certa. É claro que a gente ama a pessoa que está do nosso lado, suas qualidades, alguns defeitos que são engraçadinhos, suas peculiaridades. Mas não somos capazes de amar apenas AQUELAS qualidades. Se eu amo alguém que faz meu coração disparar e minha barriga doer de tanto rir de suas brincadeiras, não significa que eu não seria capaz de amar alguém que levasse a vida mais a sério, que fosse tão bom e tão puro que não conseguisse entender minhas piadas sarcásticas e irônicas, tampouco me acompanhar nelas.
O que acontece é que eu escolho o tipo de relação que eu quero ter. Amor não é tudo, não é não. "Eu te amo, mas isso não é suficiente" é uma frase doída de se dizer, mas é verdade.

Nós somos felizes quando amamos alguém que adoramos passar o tempo, que no s orgulha, que nos dá prazer de apresenta-lo aos amigos. Qualquer coisa menos que isso já não nos satisfaz. Eu conheci alguém, e amei. Mas isso não foi suficiente, nunca é. E então eu lutei. Nós nos esforçamos e fomos construindo uma ponte, não um muro que escondesse nossos defeitos e nossas diferenças, mas uma ponte que nos permitiu atravessar todos os medos e incertezas. Porque sempre existe medo, e nunca temos certeza de nada. Como eu sei que eu encontrei a pessoa certa? Eu decidi que faria desta pessoa, a certa. E tive a sorte dele ter tomado a mesma decisão. A gente se ama. Sempre se amou. Mas se não tivéssemos lutado um pelo outro, não seria suficiente. E o medo? Sempre vai existir. Aí eu pergunto: se é pra sentir medo, melhor sentir sozinha? Ou muito bem acompanhada?

E por que as personagens do filme viajaram não só para outro país, mas para outro continente? Porque é difícil admitir que o erro é nosso. Mais fácil procurar fora da gente. Mais fácil procurar lá longe. E vamos achar, sempre vamos achar alguém para amar. Quanto mais longe, mais fácil de mentir pra si mesmo e dizer POR ISSO que não deu certo até agora, eu estava procurando no lugar errado. Mas não precisamos arredar o pé de casa pra começar a achar razões para fazer o amor durar, para fazer o amor vencer, pra transformar a relação em tudo que ela pode ser. Na verdade tudo se trata de uma mudança interior. Parar de criar expectativas sobre o outro, e criar sobre si mesmo. E se mesmo assim não der certo, que posso eu perder sabendo que tudo que fiz foi pra ganhar e melhorar??

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Apesar de...


" Ele deixa a casa esculhambada, ela é péssima cozinheira. Ele é pão-duro, ela gasta insanamente. Ele se irrita quando seu time perde, ela desmorona quando é criticada.
Mas se adoram, apesar de.''
Martha Medeiros


sexta-feira, 13 de maio de 2011

Por trás de um simples focinho.


Ah, se as pessoas soubessem o que há por
trás de um focinho,
Focinho úmido, geladinho,
Preto, marrom, desbotadinho,
Simples e lindos focinhos.

Ah, se as pessoas soubessem o valor de um focinho,
Focinho medroso ou metido,
Focinho manhoso, carinhoso,
Simples amigos focinhos.

Ah, se as pessoas tivessem ao menos um focinho,
Não sobre o próprio rosto,
Mas em carne, pelo e osso,
Fonte pura de carinhos.

Ah, se as pessoas protegessem os focinhos,
Focinhos que vivem sozinhos,
Amores desperdiçados; focinhos amargurados,
Focinhos pra todo lado.

Ah, se as pessoas conhecessem os focinhos,
Quanto amor, quanto carinho,
Anjos peludos, sem narizinhos.
Anjos fofos atrás de focinhos.

Ah, se eu pudesse ver todos os focinhos,
Amados e acolhidos,
Crianças da criação, anjos de bem querer,
Focinhos em plena evolução.

Ah, se as pessoas soubessem,
Quanto amor e dedicação,
Quanta vida, quanta paixão,
Quanto vale o amor de um cão (ou de um gatão).

Ah, se eu pudesse mostrar para todos,
o valor de um focinho,
A gratuidade de um carinho,
O que existe de verdade,
Por trás de um simples focinho.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Uma melancolia por empatia.





Foram tantas brincadeiras,
tantas conversas,
tantas risadas...
E olhe agora..
Nem conversamos mais..

... É estranho quando as coisas simplesmente têm de terminar. É o estágio onde todos os sentimentos já evoluíram para um nada. É o nada que você optou para parar de sentir dor. No início você briga, chora, faz drama mexicano. Então percebe que é cansativo demais manter esse jeito de levar as coisas. Acostuma-se. Não que pare d
o
e doer, mas que cai no seu entendimento que às vezes perdemos algo e não há solução. No fim você coloca um sorriso no rosto e finge que é sincero, até que a vida o faça realmente ser. Talvez os amores eternos sejam amenos e os intensos, passageiros. É isso.

[Caio F. Abreu]

terça-feira, 10 de maio de 2011

A hora é agora.


"O que tem de ser, tem muita força. Ninguém precisa se assustar com a distância, os afastamentos que acontecem. Tudo volta! E voltam mais bonitas, mais maduras, voltam quando tem de voltar, voltam quando é pra ser. Acontece que entre o ainda-não-é-hora e nossa-hora-chegou, muita gente se perde. Não se perca, viu?"
Caio F. Abreu

terça-feira, 26 de abril de 2011

Feliz Aniversário pra mim!




iuehaiheiaheiua nem todo mundo comemora como essa moça! eahahiuehhiuae mas de qualquer maneira, achei graça e resolvi postar! Ta caindo minha ficha, e graças a Deus, to feliz com minha vida. =DDD

beijos a todos aqueles que comemoram comigo esse meu dia! (principalmente meu noivo, que ta longe hoje, mas que comemora comigo mais que todo mundooooo)

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Tentando ser uma pessoa melhor.

Não é fácil ser uma pessoa boa. Pior ainda é quando tu já não tens uma boa fama e tenta melhorar. Hahaha aí então ninguém acredita. Se alguem te tira do sério e tu não revidas, é porque tu és covarde, não é mais a mesma. Se tu pedes desculpa por alguma coisa que tenha feito pra um antigo desafeto, é porque estás querendo alguma coisa... aí tem!


Cheguei num estágio da minha vida que já não vale mais a pena brigar, criar inimizades. E olha que eu sou nova, o que me leva a crer que me meti em confusões muito cedo na minha vida. Sempre me descrevi como orgulhosa, teimosa e vingativa. Como se tivesse alguma coisa pra se orgulhar nessas características. Eu na verdade me defendia atrás desse véu de Bad Girl.

Acho que deu né? Não me levou a nada antes, não me levará a nada daqui em diante. Então pra que?

Diante desses questionamentos, comecei a me esforçar pra ser uma pessoa melhor, acreditem, até mandei emails de perdão pra algumas pessoas que eu havia magoado. Desfiz mal entendidos antes que virassem "bafões", e reatei antigas amizades que me magoaram. Bom, eu nunca tive problema pra dormir a noite, nem ao dia, nem de cabeça pra baixo. Enfim, a questão é que desde que comecei a tentar desfazer os nós de desentendimento, toda noite eu me lembro de mais um ou outro com quem eu não fui muito legal. Não é possível que eu entre em contato com todo mundo com quem já tive problemas, afinal de contas dos meus 15 aos 17 briguei com pessoas
que nem reconheço mais na rua. Então comecei a exercitar uma nova maneira de pedir perdão e perdoar, através da oração.

Eu duvido muito que quem me conheça tenha começado a ler esse texto e pensado que eu ia acabar falando sobre orações. Mas é a mais pura verdade. Eu oro. Eu oro muito mais do que costumava, e muito menos do que gostaria. E adivinha, eu continuo sendo legal. Não virei aquelas beatas que se fecham no seu mundo pra viver só com Deus. Nada contra, mas não é o meu caso. O meu caso é o de uma jovem comum, que adora tomar uma gelada com as amigas, que curtiu o namorado bem mais do que o papa aprovaria, que já mentiu pros pais, que comete o pecado da gula sempre que é possível, e que também ama Jesus. Aliás, ele sabe de tudo que eu faço, e continua meu "parceirasso".

É com esse meu amigo que eu estreitei meus laços nos últimos tempos, e é ele que me segura quando eu to afim de dar um murro na cara de alguém. Foco Janice, Foco! É o que ele diz, quando eu to aqui criando maldades mirabolantes contra meus "inimigos". Enfim, eu sempre fui cristã, e sempre fui espírita. Nada mudou sobre mim. Eu que mudei sobre as coisas.

Então se tem uma sem vergonha dando em cima do meu noivo, eu vou orar por ela, pra que ela encontre alguém que seja pelo menos metade do que é o meu. Como vou ficar braba? Como não se apaixonar por ele? E quando eu souber que andaram falando mal de mim, vou ficar quieta e deixar o assunto morrer, vou pedir pra JC que na próxima roda de chimarrão, ele, assim como quem não quer nada, sugira um assunto mais produtivo. Quando me desrespeitarem e tentarem me por pra baixo, eu vou impor respeito e mostrar o meu lugar, que não é abaixo e nem acima de ninguém, mas vou fazer de maneira educada e doce, pra que ao invés de causar raiva, eu possa servir de inspiração.

Não virei santa, continuo sentindo raiva, mágoa, ciúme, e todos sentimentos que são tão humanos. Mas dessa vez, eu troquei o véu do orgulho pelo véu da sabedoria, não a minha sabedoria, mas a sabedoria do cara aquele lá de cima.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

!i


“Olhe, tenho uma alma muito prolixa e uso poucas palavras. Sou irritável e firo facilmente. Também sou muito calmo e perdôo logo. Não esqueço nunca. Mas há poucas coisas de que eu me lembre. Sou paciente, mas profundamente colérico, como a maioria dos pacientes. As pessoas nunca me irritam mesmo, certamente porque eu as perdôo de antemão. Gosto muito das pessoas por egoísmo: é que elas se parecem no fundo comigo."
(Clarice Lispector)


quinta-feira, 17 de março de 2011

Rosa Chiclete


Eu, que sempre quis desfilar com a minha alegria para provar ao mundo que eu era feliz, só quero me esconder de tudo ao seu lado. Eu limpei minhas mensagens, eu deletei meus emails, eu matei meus recados, eu estrangulei minhas esperas, eu arregacei as minhas mangas e deixei morrer quem estava embaixo delas. Eu risquei de vez as opções do meu caderninho, eu espremi a água escura do meu coração e ele se inchou de ar limpo, como uma esponja. Uma esponja rosa porque você me transformou numa menina cor-de-rosa.

(TB)


quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Um mês morando juntos.



Ontem comemorei 3 anos e 3 meses de namoro, e 1 mês morando junto com meu noivo. Dia especial, comemoração especial. Resolvi parar um pouco e escrever aqui sobre esse momento que to vivendo. O início de uma nova e longa etapa da minha vida.
A verdade é, morar junto com o cara que eu amo é super divertido, mas é também desafiador. É cuidar pra não acorda-lo quando eu vou deitar, já que eu durmo beeem mais tarde que ele. E fazer o maior esforço pra prestar atenção nos recadinhos matutinos dele, já que ele acorda cedo pra trabalhar, eu não. É ter muita paciência e respirar fundo pra não ser chata e reclamar que ele SEMPRE deixa a tampa das escovas de dente fora do lugar. É tocar nas coisas com cuidado pra não ouvir um "como tu pode ser tãooo desastrada??" todos os dias. É ir pro canto da cama pra não sentir o ar congelante do condicionador de ar enquanto ele tá suando. E ter sempre que colocar o tapetinho antiderrapante no lugar pra poder tomar banho, porque aparentemente os pés dele são muito sensíveis. É fingir que eu nem me importo que meu quarto não é mais rosa, que eu doei metade dos meus bichos de pelúcia e que a outra metade não ta dormindo no mesmo quarto que eu.

Mas acima de tudo, morar junto com ele é apaixonante. É poder contar sempre com ele pra me ajudar na minha fobia sem achar graça. É não ter que me preocupar com a casa, porque ele sempre me ajuda, e ainda fabrica os próprios produtos de limpeza. É ter o incentivo sem pressão nenhuma para que eu pense no que eu quero fazer e faça o que me fizer feliz. É fumar narguile de menta e chocolate e ter quem ature minha falta de ar depois. É tratamento VIP no banrisul, e direito de entrar a hora que eu quiser ;) . É fazer caipira, tomar champagne, sem nenhum motivo específico. É sempre convence-lo a desligar o ar, a deixar um bichinho na cama, não dar bola pros copos quebrados. É tudo que eu sempre quis, e muito mais.

O que eu mais queria era ser psicóloga e ser a mulher dele. Feito isso, o que eu mais quero é que nada mude!

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Saudade da Praia


A vida de adulta é ótima! Com um noivo como o meu fica melhor ainda. Mas que saudade eu sinto da praia.