sábado, 31 de janeiro de 2009

Borboletas sempre voltam


Eu não tenho palavras pra agradecer o apoio que eu recebi nos últimos dias! Sim, de pessoas que nem sabiam o que havia acontecido, mas com a ajuda do orkut, blog, msn, perceberam que alguma coisa tinha que ser! Acreditem vocês, cada palavra que eu ouvi e que eu li foi essencial pra que eu pudesse superar um momento difícil pra mim. De tanto falar em perdão, em saber perdoar, volto aqui para dizer como foi o desenrolar das discussões.
Mergulhada em dor e em frustração, eu não podia enxergar direito o caminho certo a seguir, eu queria que a dor passasse, eu chorei até ficar rouca pra dor sair em ondas sonoras, eu chorei até meus olhos fecharem de inchados pra ver se saía líquida, e eu chorei até a minha cabeça estourar pra ver se a dor de cabeça superava a dor do coração. Chorar aliviou, as tantas vezes que eu molhei o travesseiro, que eu gritei dentro do carro, que eu teclei sem enxergar as teclas me serviram pra descansar, pra diminuir a tensão, a pressão, e pensar melhor. afinal de contas Meu Deus, como é que se perdoa??

Sabe quando a gente ganha a primeira bicicleta, o primeiro roller, o primeiro skate.. sbe o nosso primeiro tombo? o joelho se rala todo, sangra toda hora, arde pra toma banho, arde pra por remédio, nao da pra dobrar a perna porque a ferida abre, melhor não mexer, melhor esperar curar, enquanto isso a gente odeiaaaa a bicicleta, o roller, o skate, whatever.. mas sabe quando a ferida cura e a gente monta na bike de novo, e pensa "nossaaa, tinha me esquecido e como isso eh divertido". Pois é, eu nunca fui de esperar a ferida curar, eu sempre quis me lembrar de como eh bom e como valeu a pena o tombo, porque assim, o joelho doía e eu nem sentia, eu podia sangrar na bermuda, mas com os cabelos ao vento em cima da minha bicicleta companheira!! e foi assim que eu aprendi como perdoar. O porre que te faz dizer "EU NUNCA MAIS VOU BEBER'. É como a decepção quando a gente ama. A gente diz nunca mais. Mas quando vê, ta lá de novo. Perdoei. Tentei e consegui. A melhor maneira pra perdoar alguém, é tentar. Mas de verdade. Se entregar. Não é aquele perdoar pensando "mas será?". É de verdade. De olhos fechados. Eu perdoei pensando: 'eu sei que tu me amas, eu te amo, esse post é pra ti, é pra ti mostrar que tudo que passou é menor que a gente, do teu lado não há mentira, não tem dor, o choro é de felicidade, o teu jardim sou eu!'


Mas no fundinho tenho que fazer uma confissão, eu não consegui sozinha, uma serenata de madrugada na minha janela, batons de chocolates escondidos pelo meu quarto, o brilho nos olhos sem igual, tudo isso facilitou #D

É amor, e é pra sempre. Eu sempre soube. E eu sempre quis. Nunca duvidei. No máximo eu potencializei a dor, pra despertar o teu lado romântico , o que te fez vir atrás e me provar. Potencializei o medo de perder, pra que tu vencesse tua timidez e viesse pra minha janela. Tu veio. Eu sempre te amei, mas agora eu te amo mais.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Decepção não mata, ensina a viver!




Ensina a viver? Jura?
Então tu ta querendo me dizer que aquele sonho que desmoronou vai me ensinar a melhor maneira de continuar a minha vida? mas como? pelo método de tentativa e erro? Decepção não mata mesmo, mas também não ensina a viver. Oras.. decepção... DECEPCIONA! De acordo com meu dicionário on line: decepção: desilusão, engano, logro, taboca, recusa, desengano. Enfim, decepção entristece, desencoraja, dói, nos dá um tapa na cara! E é assim que se aprende a viver? E se alguém te decepcionou, daquelas GRANDES decepções, então você vai se agarrar naquela raiva, naquele rancor e vai levar a vida de um jeito melhor? NÃO! O que nos ensina a viver, é perdoar! Puxa, aquela pessoa com a qual você construiu todos os planos possíveis e imagináveis, e até os impossíveis e inimaginaveis, sobre a qual você depositou todas as suas expectativas, essa pessoa que foi a primeira a vir na sua cabeça agora lendo esse post, ela t decepciona de tal maneira que teu mundo desaba. O que eu vou fazer com isso? Como eu vo viver no meio dos destroços dos meus desejos e da minha confiança? Eu não vou, não vivo, não é possível. Então é isso, eu tento entender, eu quebro aminha cabeça me perguntando PORQUE MEU DEUS??? PORQUE??? mas ele ta rindo la de cima do meu sofrimento, esperando eu secar as lagrimas pra poder enxergar o que esta bem na minha frente. Porque?? Oras, porque EU deixei. Porque eu me doei demais, porque eu depositei expectativas em alguém que não tava preparado. Porque eu alimentei falsas esperanças pra mim mesma. Porque eu me enxerguei nele, mas eu nao tava realmente ali. A culpa é minha. O erro maior foi meu. A decepção é minha, eu que não a projete em ninguem, eu que aprenda a lidar com isso, eu que perdoe. Eu que perdoe e siga minha vida, feliz, sem resentimentos, sem rancores, sem fantasmas, sem você, sem dor, sem sem sem. Repito, não é a decepção, mas sim o perdão que nos ensina a viver! Mas agora me diz, o que é que nos ensina a perdoar??

sábado, 17 de janeiro de 2009

"O estádio lotado, está silencioso. O tambor marca com suas batidas as batidas do coração da gente rubro-negra.

A multidão reverencia seus heróis. Canta e chora a saudade dos que se foram.
Explode em festa para aqueles que jamais serão esquecidos.
O árbitro apita, começa o jogo.

O time xavante ainda sob efeito da tristeza tem dificuldades em campo, mas a torcida empura e grita, transmite energia. E eis que de toque em toque, o time xavante vai aproximando-se da área,bola alçada, cabeceio no poste e no rebote a defesa do goleiro. Acordamos.

Quando menos se espera sai o lançamento longo, nosso atacante destacado vence a zaga na velocidade e um arrepio corre o estádio. É o Milar no corpo de outro, sua figura esguia agora passeia sobre o Bento Freitas e fala ao companheiro, vai, vai, vai e o goleiro abandona o gol,a bola sobe e vai cair na risca,bate no poste ,quica, perde força e nesse instante um vento sopra forte no sentido sul-norte, o vento que vem do Chuy e a bola passa a risca fatal. É gol. é gol do Milar, aquele vento que é o Milar bota prá dentro. Todos tem certeza que foi assim mesmo que se passou.

Avisa aí que estamos de volta."

João Garcia

24 horas de silêncio!

domingo, 11 de janeiro de 2009

"São crianças como você, o que você vai ser quando você crescer..."

'E quanto mais o tempo passa, mais eu sei do meu futuro. Não preciso que ponham cartas, tenho um caminho seguro.'

O meu futuro, o que dizer? quanto mais o tempo passa, mais me torno uma Cruz Gomes. Temperamento forte e difícil (não tenho porque negar), simplesmente como a minha mãe. Teimosa e audaciosa, bem como o meu pai. Ainda assim, penso que sai mais ao meu pai, embora tenha que confessar que o relacionamento com a minha mãe vai aos trancos e barrancos justamente pelo que há de semelhante. Mas os meus sonhos, os valores, algumas escolhas, e, principalmente, meu comportamento quando estou braba, não negam que mora em mim um Ivanzinho. E se quando mais nova eu tanto esbravejava e me convencia de que fora um castigo ter nascido nessa familia, e com meus filhos eu iria ser diferente, agora, não muito mais velha, eu do risada e tenho pena dos meus futuros frutos, pois vão passar pela mesma fase que eu, pois farei questão de fazer tudo igual! Mas cabe aqui dizer que falar que vou criar os meus do mesmo jeito que eu fui criada é uma grande mentira, porque o pai deles logicamente vai repetir os pais dele, então o ciclo vai se renovar, e é por isso que as coisas funcionam, os meus filhos não serão iguais somemte a mim, serão iguais à mãe e ao pai deles! Pois bem, essa grande verdade que tanto ouvi e que sempre duvidei, se faz real agora na minha vida, me vejo agindo por impulso, mas totalmente por influencia, e acabo prcebendo que não é ruim, e nem é bom, é natural! E o bacana é que nos esforcemos para que, não pejorativamente falando, sejamos melhores que os nossos pais, que com certeza também foram maravilhosos. Particularmente, eu recebi uma dádiva, pois a cada dia que me esforço para ser um pouco melhor, meus pais também são, então evoluimos todos juntos, cada um no seu ritmo e sua realidade, e ainda posso ver que eu cresço com eles, tanto quanto eles crescem comigo. Uma das grandes belezas da vida, que não deveria terminar antes pra ninguém. Todos os pais deviam ter a oportunidade de ver os adultos que criaram, e os filhos de ver os adultos que modificaram.

Sei lá, meio nostálgica por uma perda, e ao mesmo tempo agradecida demais pela minha família e pela oportunidade de estar junto dela.Escrevi esse texto pra destrair um pouco. Como não podia faltar uma menção ao meu dignissimo, continuo o post com uma foto e uma música que tem TUDO a ver com o que escrevi, até porque é logico que eu tinha que encontrar a minha alma gêmea que presa a familia tanto quanto eu, e aos nossos filhos passaremos tudo que há de melhor nessa vida. (tenho certeza que vai significar muito pra ti amor!)

'apesar de termos feito tudo que fizemos, ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais'



'Das roupas velhas, do pai, queria que a mae fizesse
uma mala de garupa, uma bombacha e lhe desse
queria boinas alpargatas e um cachorro companheiro
pra lhe ajudar a botar as vacas, no meu petisso sogueiro.

ei de ter uma tabuada, e o meu livro queres ler, vou aprender
a fazer contas e algum bilhete escrever, pra que a filha do Seu Bento
saiba
que ela e meu bem querer, e se nao for por escrito, eu nao me animo a dizer
e se nao for por escrito, eu nao me animo a dizer

quero
gaita de oito baxo, pra ver o ronco que sai, botas fentio do alegrete
e espora do imiocai, lenço vermelho e guaiaca, comprada lá no Uruguai
e é pra que diga quando eu passe, saiu igualzito ao pai, pra que me diga quando eu passe, saiu igualzito ao pai.

E se Deus nao achar muito, tanta coisa que eu pidi, nao deixa que eu
me separe desse rancho onde nasci, nem me desperte tao cedo
do meu sonho de guri,
e de lambuja permita, que eu nunca saia daqui'

sábado, 3 de janeiro de 2009

Martha Medeiros

Bom, eu costumava escrever no meu antigo blog, hoje deletado por razões irrelevantes... Costumava escrever mesmo, produzia meus textos, e modestia a parte, ficavam legais.. hehehe
Mas por alguma razão que não to conseguindo captar, travei, talvez por ter a maturidade vindo acompanhada da vergonha de xpor minhas palavras e correr o risco de parecer ridícula, ou talvez pelo medo de ser levada a sério demais!! Sim, porque não sou séria, tampouco ridícula, talvez um pouco idiota as vezes, mas tudo pra ser ainda mais feliz..

Enfim, enquanto minha criatividade permanecer bloqueada, presa nos juízos do meu super ego (eiuaiehau isso aí para as psis), vou postando os melhores textos da melhor cronista, no meu ponto de vista, Martha Medeiros.

Acho que quando eu crescer vou ser como ela, mas sem a parte de escrever ...

O texto que vou deixar hoje é lindo e muito real. E que bom seria se todas as pessoas tivessem a mesma facilidade de manobrar seus amores que a sugerida no texto.. tudo seria muito mais simples, consequentemente, mais feliz..

"Ambos maduros, com alguns casamentos nas costas, estavam se queixando das namoradas. Não agüentavam mais a ladainha: “Onde foi?”, “Onde estava?”, “Por que não ligou?”, “Não me disse que foi...“, “De quem é esse número?”. “Liguei e não atendeu”, “Eu vi que você olhou prá ela”, “A que horas você chegou?”, “Você não me convidou”, “Por que você não atendeu?”, “O que vamos fazer no carnaval?”, “Você quer que eu vá ou não?”. “Assim não vou”.

Ri muito quando ele reproduziu esse pot-pourri de lamentações. É bem assim. Os apaixonados costumam massacrar. Eu só acrescentaria que esse massacre não é só feminino: tem muito homem que age da mesma forma.
Prosseguindo, o amigo de Paulo, durante a conversa, apontou uma saída: “Elas precisam aprender com os flanelinhas.”

Como?

“O flanelinha te indica um lugar prá estacionar e diz: fecha e deixa solto.” Não é simples?

Eis a fórmula sugerida por eles para fazer as relações durarem mais do que duas ou três semanas: fecha (sim, um relacionamento fechado, fiel, bacana), mas deixa solto. Mantenha um espaço para respirar. Permita um mínimo de mobilidade: poder empurrar um pouquinho prá frente, um pouquinho prá trás. Possibilite uma manobra, um encaixe. Não puxe o freio de mão.

Esta crônica foi praticamente escrita pelo meu leitor Paulo, cujo sobrenome não vou revelar para que suas namoradas não se sintam expostas. Mas seja para Paulos, Marias, Anetes ou Ricardos, a regra do flanelinha deve ser seguida e regulamentada: fecha e deixa solto. Confia. Ninguém vai invadir seu relacionamento, mas é preciso que haja flexibilidade, ajuste às novas situações, enfim, tem que relaxar um pouco.

Claro que esse tipo de queixa (onde foi?, com quem estava?, por que não ligou?) pode ser considerado um carinho, um cuidado, parte do jogo do amor, sem causar maiores irritações. Mas, antes de iniciar um interrogatório desse tipo, sonde o terreno, veja se está agradando. Geralmente, pessoas maduras já estão com a paciência esgotada para investigações minuciosas. Desconfio até que a irritação se dê porque onde fomos, com quem fomos e por que não ligamos não tem nada de excitante ou misterioso: fomos almoçar com mamãe e o celular ficou sem bateria. Se estivéssemos fazendo algo realmente condenável, aí sim, justificaria sermos vítimas de uma crucificação verbal. E nossas respostas, ao menos, exercitariam nossa criatividade e cinismo.

Mas como somos todos inocentes, feche e deixe solto."

Assim devem ser os amores bem resolvidos, amigos, cumplices e parceiros.. e tirando algumas briguinhas desajeitadas entre o Tigus e eu, posso dizer que já encontrei o meu melhor amigo, melhor cumplice e maior parceiro na vida!!!